Podemos acompanhar através da internet comentários dizendo que a profissão de contador vai acabar, será que isso é verdade?
Vamos responder neste conteúdo essa e outras questões que estão presentes na vida do empreendedor contábil.
A profissão contábil não vai acabar, por outro lado a contabilidade tradicional está com seus dias contados, você sabe disso?
Se você não sabe ou não começou ainda a movimentar a sua empresa para caminhar junto a essas mudanças é preciso ficar atento.
Nós estamos passando por um processo de revolução no mercado contábil.
Tecnologia na contabilidade
As empresas de software estão lançando ferramentas que fazem com que grande parte do serviço do dia a dia seja automatizado ou robotizado, a depender da situação.
Temos empresas que estão integrando informações diretamente dos nossos clientes coisas que não tínhamos a um tempo, e isso hoje permite uma agilidade muito maior no trabalho contábil e que seja agregado muito mais valor na entrega para o cliente.
A medida que surgem processos automatizados, e estamos ganhando com essas integrações, temos que ter novas habilidades para atender as necessidades dos nossos clientes e reformular nossos serviços.
Quem não evoluir ficará muito atrás dentro do processo.
Pois, quando essa mudança toda se consolidar quem ainda não tomou medidas não terá tempo de correr atrás do tempo perdido, a ideia é que o empreendedor comece o quanto antes essas mudanças.
E não podemos alegar como fator limitante que não há acesso dessa informação.
As informações estão disponíveis e muitas delas de forma gratuita, basta que o empreendedor se movimente e busque esta informação.
O que acontece é que muita gente não está se movimentando e acessando essas informações, e sem isso será muito difícil progredir.
Muitos contadores, além de não progredirem no sentido de pesquisas e busca de conhecimento, se apegam muito a ideia de que o cliente não valoriza o serviço que está sendo entregue, essa é queixa habitual nesse mercado, mas será que essa queixa é realmente válida?
Os movimentos que buscam a valorização profissional são bastante válidos, pois ajudam na valorização do trabalho e ao próprio contador a entender coisas que podem ser feitas dentro da sua empresa para agregar o valor.
Mas essa é uma reclamação que sempre existiu, e não somente no mercado contábil a queixa está presente, mas em muitas áreas.
O empreendedor contábil deve saber separar o que eles tem de legal dentro de uma movimentação como essa e o que é realmente factível para o mercado.
O cliente vai valorizar aquilo que realmente resolva o problema dele. Esperar que o cliente dê uma valorização exacerbada como as pessoas de movimento esperam é utopia. Isso porque nós mesmos, como consumidores, não supervalorizamos os serviços que consumimos.
É preciso entender que o processo de valorização tem outras formas de ser visto. Na minha empresa vejo que o meu cliente valoriza o meu trabalho quando eu entrego o que prometi a ele, soluções.
Gerar valor para o seu cliente é a entrega da melhor forma possível dos serviços contábeis.
Entregando soluções e garantir a segurança dele para evitar problemas com o fisco você mostra o valor do seu trabalho.
Esperar esse reconhecimento, em minha opinião é bobagem. Eu espero que ele pague os honorários em dia e siga as orientações do nosso time para que a empresa dele caminhe bem.
Eu acredito que o profissional contábil deve se preocupar menos com essa questão de que o mercado tem que dar essa supervalorização e se preocupar em fazer bem feito o seu trabalho, sendo feliz no que faz.
Ele precisa enxergar que o que ele faz gera valor e consequentemente o processo todo se encaixa.
Marketing contábil
Pensando também nestas transformações que estão acontecendo, como fica o marketing contábil?
O marketing contábil é aplicável a todo tipo de negócio? Para empresas grandes e pequenas?
A primeira coisa a se considerar é que existe uma amplitude no marketing contábil, existe uma infinidades de ações possíveis dentro dele.
A diferença entre as formas de empresas, quando falamos de marketing contábil, é o que fará mais sentido para cada caso de empresa em particular.
O que muitas vezes se imagina erroneamente, é que somente fazer algumas ações como investir e redes sociais e site, por exemplo, que somente isso é marketing contábil, quando na verdade não: são apenas vertentes.
A indicação de um cliente, que seria a forma mais antiga que nós temos de conquistar clientes, é uma ação de marketing contábil que sempre aplicamos, o que temos de diferente hoje é que essas ações evoluíram.
Em razão dessa evolução conseguimos de maneiras diferentes que o cliente faça uma indicação para a empresa.
Hoje o cliente pode gravar um conteúdo mencionando a empresa e de forma estratégica ele pode ser direcionado para atrair clientes, essa é uma das mudanças que ocorrem no marketing e que é possível adotar em uma empresa de porte menor numa cidade pequena.
Dentro de uma cidade pequena é possível estabelecer parcerias. Você pode criar a sua autoridade. Através de ações simples é possível ter resultados.
Antes investíamos muito em jornais, era uma das ações de utilizava na nossa empresa, e ainda tinha uma assessoria para ajudar.
Essas outras ações são possíveis, o que é preciso entender é que no marketing o ideal e testar muitas possibilidades e ter claro qual delas vai gerar mais resultados na sua atividade, região e público.
Independente dessas possibilidades o marketing digital tem crescido também nas pequenas cidades, as pessoas buscam constantemente informações na internet, usam App frequentemente, se comunicam por meio tecnológico, usam as redes sociais independente do tamanho da cidade que vivem.
Todo mundo está cercado de ferramentas digitais e vive no meio digital, e se a sua empresa não estiver presente nessas redes você vai ficar fora desse mercado.
A minha recomendação é unir as ações do marketing offline com as ações online, estudando o que traz mais resultados para alinhar a sua estratégia. Isso realmente fará maior diferença.
As menores empresas, ou as que estão em cidades menores, ainda têm em sua carteira um número muito grande de clientes que não estão operando digitalmente, e preferem o mundo offline.
O que fazer com este tipo de cliente?
Processo de transformação
Para contornar essa situação, o meu conselho, é que o empreendedor comece aos poucos introduzir a tecnologia para o seu cliente.
Ele não pode simplesmente deixar de atender ao cliente porque ele não é digital, há um processo de faseamento nisso.
Aos poucos você deve incentivar o seu cliente a dar pequenos passos para inserir a tecnologia no seu negócio.
Num primeiro momento é possível aos poucos eliminar o papel da sua operação, otimizar o seu serviço, conectar seu cliente e ir pegando os clientes que têm mais conexão com esse mundo digital.
E num segundo momento você pode focar nos clientes que procuram um atendimento digital, e pode fazer isso paralelamente e esse é um outro modelo de negócio.
O que acontece é que ao fim desse processo terá clientes que de fato “pararam no tempo” e não se adequaram, aí sim você terá que escolher.
Para escolher é preciso saber se vale a pena continuar atendendo este cliente que parou no tempo e que te custa muito mais caro para atender: este cliente vai pagar mais caro pelo serviço? Ou você trouxe outros clientes que podem substituí-lo nesse processo, caso decida abrir mão dele?
Se a sua situação for favorável é possível que você abra mão desse clientes, abrir mão de forma consciente e não radical.
Não é aconselhável fazer “loucuras”. Estamos num processo de transformação e é possível fazer isso de forma gradativa, são mentes que estão envolvidas com essa mudança e esse processo de transformação que fará toda a diferença.
O contador deve entender que as mudanças são necessárias e a evolução não pode ser adiada dentro da empresa e que ele terá que entender esse processo de transformação e logo em seguida passar esse conhecimento para o seu time.
Esse é um grande desafio.
A mudança deve começar pelos gestores, depois passando para o seu time para só então chegar no cliente.
Se o gestor não mudar a mentalidade ou os profissionais do time também não vão mudar e consequentemente seu clientes também não.
Essa mudança é um processo que pode levar de 1 até 2 anos e que quando bem alinhado trará ótimos resultados.