Você quer precificar o seu serviço de BPO Financeiro, mas sente que está sempre entre dois extremos: ou cobra pouco e corre o risco de ficar no prejuízo, ou cobra demais e perde oportunidades.
De fato a precificação é algo delicado quando vai começar o BPO Financeiro, seja você um autônomo iniciante ou um escritório contábil que deseja estruturar este serviço.
Por isso, vou ajudar você a entender quanto cobrar pelo BPO Financeiro, com base nas práticas de mercado e respeitando o seu momento atual.
O que considerar para precificar o BPO Financeiro?
Em primeiro lugar, vamos entender tudo aquilo que você deve levar em conta antes de definir a precificação do BPO Financeiro:
Quais serão os seus custos para implantar o BPO Financeiro?
Você precisa considerar, obviamente, quanto vai custar a sua operação de BPO Financeiro.
Se você tem seu escritório contábil e vai estruturar o serviço de BPO, será necessário colocar um analista sênior específico para essa operação.
É importante você ter uma pessoa olhando só para isso, para que possa aprimorar esse novo produto e conquistar boas indicações de clientes.
É um custo inicial maior que você terá de absorver, mas que se pagará rapidamente à medida em que novos clientes forem aderindo.
Agora, se você é um autônomo que deseja ganhar dinheiro com BPO, os custos serão bem menores.
Afinal, o home office permite que você já comece lucrando desde o início, já que não precisa ter uma estrutura física própria.
Mesmo assim, precisa prever o investimento em plataformas como o Conta Azul Mais e outros sistemas contábeis que possam fazer sentido para seu negócio.
Quanto seus concorrentes estão cobrando?
Por mais que seja importante levantar todos esses custos para compor a precificação do seu BPO Financeiro, a verdade é que não tem como fugir muito dos valores praticados pela concorrência.
Isso não quer dizer que você vai copiar o preço dos concorrentes, mas sim que você precisa saber onde está pisando.
Hoje, é comum ver preços de BPO financeiro variando acima de R$ 1 mil para serviços elementares.
Em alguns casos, você pode encontrar serviços por R$ 200 (para MEIs) e outros por até R$ 3 mil, como temos visto com diversos empresários contábeis da AH Mentoria.
Mas você não deve olhar só para isso, para chegar numa precificação que faça sentido para você e o cliente, pois existem outros fatores envolvidos que podem impactar no preço.
Faça um diagnóstico do cliente
De nada adianta você ter um preço fechado para o BPO Financeiro, se você não entender antes o que cada cliente, de fato, precisa.
Então antes de precificar, você vai ter que fazer uma reunião com esse cliente e identificar quais são suas maiores dores.
Ou seja, o que ele precisa de você? Controle de contas a pagar? Conciliação bancária? Relatórios financeiros? Emissão de boletos? Cobrança de inadimplentes?
Você precisa saber o que será entregue, com que frequência, com quais ferramentas e com qual envolvimento da sua equipe.
Só então você vai conseguir formar um preço justo, tanto para você quanto para o cliente.
Faça o cliente entender o valor do BPO Financeiro antes de precificar
Neste diagnóstico inicial, é preciso entender se o cliente sabe o real valor do BPO Financeiro e quais benefícios esse serviço o entregará no dia a dia.
O BPO financeiro resolve dores reais: falta de organização, retrabalho, ineficiência, perda de dinheiro.
Quando você mostra o impacto que o seu trabalho tem nos resultados do cliente, o preço deixa de ser o foco.
Outra questão é que o cliente sempre vai comparar o custo do BPO Financeiro com a contratação de um funcionário interno para fazer este serviço.
Talvez ele pense em contratar um auxiliar administrativo. Talvez queira que a esposa cuide das contas. Talvez ele mesmo tente assumir essa tarefa.
Sua missão é mostrar que essas opções, na prática, custam mais caro.
Um funcionário CLT com salário de R$ 2,5 mil, por exemplo, vai custar pelo menos o dobro deste valor e você deve usar isso como argumento antes de mostrar o seu preço.
Afinal, seu serviço de BPO, feito por um especialista, vai entregar mais, com menos custo e sem riscos trabalhistas.
Qual o poder aquisitivo do cliente?
Nem todo cliente tem o mesmo poder aquisitivo. E nem todo cliente tem as mesmas necessidades.
Um PJ tem limitações financeiras e necessidades diferentes do que um médico, por exemplo.
Sua precificação, portanto, precisa respeitar isso, pois quanto maior o faturamento de uma empresa, maiores serão as exigências e o trabalho da sua equipe.
Quantos clientes você consegue atender?
Quantos clientes você consegue atender com a estrutura que tem hoje? E com melhorias operacionais?
Se você é autônomo, não caia na armadilha de cobrar barato demais, pois chegará no seu teto muito rápido.
E quando você cobra muito barato, seu cliente vai te indicar para outras empresas que também vão querer que você cobre abaixo do que a média do mercado.
Então logo você vai estar sufocado com tantos clientes — e infeliz por estar recebendo pouco demais pela quantidade de trabalho.
Agora, se você já é um escritório mais estruturado, pense em algumas estratégias para ganhar escala e cobrar um preço competitivo por isso, como:
- Segmentar por nichos (Exemplo: médicos e demais profissionais liberais);
- Investir ao máximo em automação. O Conta Azul, por exemplo, apresenta várias automações, especialmente na classificação de despesas e cobrança.
Isso vai permitir você fazer mais com menos e, assim, ter uma boa margem do seu serviço, permitindo também ter preços mais competitivos.
Como montar planos de BPO Financeiro
Agora que você entendeu como precificar o BPO Financeiro, é hora de falar sobre estruturação de planos.
Por que isso é importante?
Quando você transforma o serviço de BPO em produtos com escopos definidos, você tangibiliza mais o serviço para seu cliente e valoriza seu produto.
Além disso, nem todo cliente vai precisar do mesmo nível de serviço. E quando você oferece opções, aumenta suas chances de conversão.
Leia mais: Como vender BPO Financeiro
Criando planos por jornada do cliente
Cada cliente está em um momento diferente.
Uns estão totalmente desorganizados. Outros já possuem algum tipo de gestão financeira, mas precisam melhorar.
E há aqueles que já querem alta performance.
Por isso, pense nos planos como estágios dessa jornada:
- Plano Básico: ideal para quem precisa organizar a casa. Aqui você foca no controle do contas a pagar, contas a receber, conciliação bancária e fluxos simples.
- Plano Intermediário: para empresas que já querem ver seus números com clareza. Inclui relatórios gerenciais, acompanhamento de indicadores e apoio na tomada de decisão.
- Plano Avançado: voltado para alta performance. Engloba previsão de caixa, análise de resultados, planejamento financeiro e suporte estratégico mais ativo.
Você pode dar o nome que quiser para esses planos), mas o importante é que eles representem entregas claras e valores proporcionais ao que está sendo oferecido.
E se o cliente quiser algo fora do plano?
Não tem problema. Tenha serviços adicionais com valores avulsos pré-definidos. Emitir boletos, organizar documentos para financiamento, montar relatório para investidores…
Isso permite flexibilidade sem comprometer a estrutura padrão dos seus planos. E o cliente entende que cada serviço tem um custo.
Quer ajuda especializada para estruturar o BPO Financeiro na sua empresa?
Se você quer acelerar seus resultados e montar um serviço de BPO Financeiro realmente lucrativo, o caminho mais inteligente é aprender com quem já fez e validou esse modelo na prática.
- Curso completo de BPO Financeiro na plataforma AH Club, com o Anselmo Massad (Head de Parcerias da Conta Azul), ensinando você a estruturar o serviço do zero.
- Curso de marketing para vender BPO, também no AH Club, onde mostro como posicionar, divulgar e escalar esse serviço usando estratégias práticas de marketing digital.
Ou você pode dar um passo à frente e fazer parte da AH Mentoria, com meu acompanhamento de perto e da minha equipe para escalar seu negócio contábil e criar hubs de serviços que podem ser responsáveis por mais de 50% do faturamento da sua empresa.
Se você quer saber como fazer parte da nossa mentoria, entre em contato com minha equipe e solicite mais informações.
Anderson Hernandes
Fundador e CEO da Tactus Contabilidade e da AH Educação, Anderson Hernandes é mentor de negócios contábeis, palestrante e referência em gestão e marketing para contabilidade. Com 30 anos de experiência, é autor de 11 livros e já realizou mais de mil eventos pelo país.
