Com a velocidade das mudanças no universo contábil, é natural que muitos profissionais se perguntem se vale a pena investir tempo — e energia — em novas parcerias tecnológicas.
O Programa de Parceria da Conta Azul para Contadores é uma dessas propostas que desperta curiosidade, principalmente por sua tradição e integração com a rotina dos escritórios.
Tive a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento da iniciativa desde os seus primeiros passos, ajudando a construção do maior programa de parcerias para contadores do Brasil.
Mas afinal, será que vale a pena apostar nessa parceria? Ou o programa é só mais um “clube de descontos” perdido entre tantos outros?
Vou explicar, sem rodeios, como tudo funciona, para quem é indicado, e compartilhar minha opinião baseada na prática – não apenas em teoria.
Como surgiu o Programa de Parceria da Conta Azul para Contadores?
O programa nasceu de uma escuta de perto do ecossistema contábil.
A Conta Azul percebeu, lá atrás, que a aproximação com o contador não poderia se limitar a ser apenas “mais um canal de vendas”.
Era necessário criar uma proposta de valor que unisse tecnologia, suporte consultivo e capacitação.
Por acreditar muito nesse caminho, fui convidado para opinar e participar ativamente em diferentes fases do projeto.
Buscamos desde o início que o foco pudesse ser o uso efetivo da plataforma no dia a dia, e não apenas no acúmulo de licenças entre parceiros.
A trajetória do programa mostra essa evolução: saiu de algo mais promocional, restrito, para uma verdadeira rede de desenvolvimento profissional, alinhada às estratégias de quem quer sair apenas do operacional e se posicionar como consultor.

O Conta Azul para Contadores vale a pena?
Para quem é contador tradicional, pouco engajado em tecnologia e focado apenas no cumprimento da obrigação acessória, o programa pode soar distante, burocrático.
Mas falo com a convicção de quem acompanha dezenas de casos na AH Mentoria e no mercado: quem quer dar o salto para um modelo de atuação mais consultivo, com foco em BPO Financeiro e proximidade com o cliente, encontra vantagens reais.
O primeiro ganho visível está na remuneração recorrente.
Não se trata de uma comissão pontual, mas de um sistema onde cada cliente que utiliza o ERP financeiro gera receita extra para o escritório.
Um escritório que estrutura de modo eficiente sua carteira, recorrendo à Conta Azul como ferramenta central, vê um aumento de previsibilidade financeira – resultado que já observei em mentorandos, tanto de grandes cidades quanto do interior.
O segundo ponto é o acesso aos conteúdos e certificações, que fogem do tradicional “curso teórico” e mergulham em questões práticas.
São módulos e trilhas sobre BPO Financeiro, integração bancária, automação de rotinas e até estratégias de comunicação com o cliente, gravados e revisados sempre levando em conta feedbacks dos próprios usuários.
Vale a pena também quando analisamos a evolução do suporte: a diferença de atendimento entre parceiros comuns e aqueles mais engajados é considerável.
Por experiência, vejo que parceiros ativos contam com resoluções mais rápidas, canal direto para situações críticas, e até acesso antecipado a funcionalidades em teste.
Contudo, há desafios. Nem todo escritório tem estrutura ou cultura digital para avançar nos níveis rapidamente.
É necessário investir em treinamento de equipe, em adaptação de processos e em um acompanhamento próximo do cliente para garantir a satisfação e retenção no uso do ERP.
O programa recompensa quem está disposto a essa transformação, mas não faz milagre para quem apenas assina e deixa o sistema sem uso.
Como funciona o Programa de Parceria da Conta Azul para Contadores
O funcionamento do programa é baseado em um sistema de níveis, cada um com requisitos bem definidos.
Ao realizar o cadastro, o parceiro já pode acessar o Conta Azul Mais, plataforma onde são feitas todas as gestões: desde cadastro de clientes, indicações, downloads de relatórios até acompanhamento de pontuação.
A progressão de nível ocorre com base na soma de fatores como:
- Quantidade de clientes ativos usando o ERP;
- Faturamento gerado via licenciamento e indicações;
- Conclusão de trilhas de capacitação obrigatória;
- Participação em aprimoramentos sugeridos pelo próprio parceiro.
Cada conquista eleva o escritório a patamares mais altos, destravando benefícios.
Nos níveis básicos, o contador recebe remuneração sobre vendas e indicação, convite para treinamentos.
Ao avançar, passa a ter descontos maiores por volume de licenças, acesso prioritário a suporte (com SLA diferenciado) e participação em eventos de networking e inovação.
Diferenciais como gerente de contas dedicado, ferramenta de inteligência de carteira e prioridade nos leads existem nos estágios mais altos.
Mas, como sempre oriento no contexto de mentoria, dependem do uso efetivo e do compromisso com a excelência na entrega ao cliente.
Aqui na Tactus, por exemplo, já somos Parceiros Elite, com mais de 480 contas de nossos clientes conectadas ao Conta Azul.
A pontuação tem validade: se o contador relaxa, volta níveis e perde algumas regalias.
Isso, embora exija esforço de adaptação, torna o programa mais sustentável ao longo do tempo – não é um clube de vantagens parado, e sim um motor constante de profissionalização.
Como “vender” para o seu cliente contábil o sistema da Conta Azul?
Falar de “venda” pode soar estranho na rotina dos contadores mais tradicionais.
Mas a verdade é que o contador deixou de ser apenas apurador de imposto e passou a ser peça-chave na digitalização do pequeno e médio empresário brasileiro.
Hoje, a adoção de um bom ERP é quase sempre fruto desse aconselhamento.
O que costumo orientar em cursos e mentorias é que a apresentação do ERP não seja baseada em termos técnicos ou promessas genéricas: “automatiza tudo”, “é fácil de usar”.
Prefiro apostar em histórias e dados reais.
Por exemplo:
- Mostrar com clareza que tempo era gasto pelo cliente (ou pelo próprio escritório) para conciliar contas, controlar fluxo de caixa ou gerar relatórios manuais.
- Ilustrar a possibilidade de redução de erros fiscais ou financeiros, evitar multas por atrasos e ainda facilitar o acompanhamento dos resultados do negócio em tempo real.
Em geral, o processo de “venda” inclui etapas práticas, como:
- Identificar as dores específicas de cada cliente e propor demonstrações personalizadas, mostrando na tela como os processos podem ser ajustados;
- Oferecer acompanhamento durante as primeiras semanas (onboarding), garantindo que dúvidas sejam resolvidas rapidamente para que o uso da ferramenta vire hábito;
- Combinar a entrega do ERP com serviços de maior valor agregado, como consultoria periódica, análise de indicadores e gestão BPO.
AH Mentoria na Conta Azul
Dentro da AH Mentoria, construímos uma relação muito próxima com a Conta Azul.
Já tive a oportunidade, inclusive, de levar turmas de mentorados até a sede da Conta Azul.

Nessas visitas, o objetivo sempre foi mostrar, de perto, como funciona o desenvolvimento da plataforma e dar voz às dúvidas e sugestões dos próprios contadores.
Essa relação próxima tem permitido que os participantes tenham contato direto com o time técnico, compartilhando situações enfrentadas no dia a dia do escritório.
No âmbito da mentoria, a indicação do uso da Conta Azul para o BPO Financeiro não é apenas decisão didática, mas resultado da experiência prática.
Ter processos mapeados e um sistema estável simplifica a rotina, principalmente para quem quer padronizar e dar escala ao serviço.
Considero o BPO Financeiro algo tão estratégico na Contabilidade atual, que desenvolvemos algumas trilhas sobre isso na Plataforma AH Club, que conta com mais de 50 módulos para ajudar a escalar seu negócio contábil.
Na AH Mentoria, você pode dar um passo ainda mais à frente e ter acesso direto a mim e à minha equipe para auxiliar diretamente seu escritório contábil a crescer com escala.
Se quiser saber mais, entre em contato com minha equipe e tire todas as suas dúvidas sobre como participar da mentoria ou acessar o AH Club.