Já parou para pensar que a nossa sensibilidade ao tempo muda com o tempo? Isso significa que o que tem significado para nós hoje em virtude do tempo que é não terá igual significado logo em seguida em conformidade com o tempo que será.
Se eu lhe perguntar sobre o que fez hoje pela manhã, muito provavelmente saberá a que horas acordou, o que comeu, por quanto tempo tomou banho e tantas coisas mais. Mas saberia precisar as mesmas coisas depois de uma semana?
Assim que nasce um bebê, começa a trajetória pela vida onde primeiramente os pequenos minutos faz a diferença e em seguida as horas e por fim os dias. Assim dizemos, por exemplo, que um bebê tem 10 dias de vida. Passam-se os meses e esquecemos os dias, pois ninguém diz que um bebê tem 180 dias e sim seis meses. Mas logo os meses perdem o efeito e vem os anos. Alguém já te perguntou quantos meses você tem? Pois bem, o tempo é assim.
Mas nossa sensibilidade com o tempo e espaço continua a mudar e o que antes era contado com períodos curtos, passa a ser visto como períodos maiores. Por isso é que comemoramos, por exemplo, as bodas de prata e de ouro de um casamento.
Mas a vida também traz tristezas, pois temos o ente querido que perdemos, o casamento que se desfez, a oportunidade que se perdeu, mas ainda assim, o tempo tem se mostrado o melhor remédio, pois é como se diz: Nada como dar tempo ao tempo.
Por isso o tempo nos mostra grandes lições:
Tudo aquilo que contamos as horas ou os minutos até que acontecessem, um dia só lembraremos o ano.
As alegrias e as tristezas daquilo que acontece na nossa vida vão ficando menores com o passar do tempo.
Ainda que saibamos que o tempo não para, em algum aspecto da nossa vida se olharmos bem de perto vamos notar que paramos no tempo.
O tempo é cruel com nós mesmos, deixando marcas em nós mesmos que nem mesmo ele é capaz de apagar e ao mesmo tempo é nosso amigo apagando outras tantas que só ele poderia apagar.
Em fim o que é na realidade o tempo? Ainda não descobri, mas peço a você um pouco mais de tempo para pensar.